O Mágico de Oz, lançado originalmente em 11 de agosto de 1939, segundo o IMDB. Estrearia em 18 de setembro daquele ano no Brasil.
Era para ser a resposta da MGM aos desenhos da Disney (em especial Branca de Neve e os Sete Anões) e tornou-se um dos contos de fada mais amados da história, daqueles filmes que emocionam tanto crianças quanto adultos por gerações.
Não foi a primeira nem a última adaptação do livro homônimo de Lyman Frank Baum. Com certeza é a versão definitiva, seja pelo seu espetáculo, sua vislumbrante introdução de cores, ou ainda pelas inesquecíveis e eternas canções.
O roteiro é simples, porém fascinante. Dorothy Gale (Judy Garland) vive com seus tios em uma fazenda no Kansas. A jovem sonha com um lugar melhor, onde pudesse ser livre e criar seu cachorro Totó. Durante um feroz furacão, a menina e o bichinho de estimação são levados para além do arco-íris, Oz.

Ao despertar nessa nova terra, a protagonista descobre que, sem querer, virou heroína dos Munchkins. Ela recebe os sapatinhos de rubi e é aconselhada pela Bruxa Boa do Norte: quem pode ajudá-la a voltar para casa é o misterioso mágico do título. Para encontrá-lo, precisa percorrer a estrada de tijolos amarelos, até a Cidade de Esmeraldas. Pelo caminho, ela faz amizade com o Homem de lata, o Espantalho e o Leão. Cada um deles é desprovido de algo – respectivamente coração, cérebro e coragem. O trio decide acompanhá-la nessa odisseia e enfrentar a Bruxa Má do Oeste.
A jornada de Dorothy é metáfora para as lições da vida, especialmente às crianças: estar longe dos pais, amadurecer. Também aprendemos a dar valor ao nosso lar, ver o lado bom das coisas.
Acredita-se que mais de um bilhão de pessoas viu o filme. Elton John e a banda Pink Floyd beberam na fonte para os álbuns Goodbye, Yellow Brick Road e Dark Side of the Moon. Michael Jackson atuou numa versão (The Wiz) de 1978 dirigida por Sidney Lumet, vivendo o Espantalho e contracenando com sua musa Diana Ross, no papel de Dorothy. Seis anos depois foi a vez de Renato Aragão pegar carona na ideia com Os Trapalhões e O Mágico de Oroz.
Recheado de lendas nos bastidores, inclusive as trocas de diretores – o primeiro, Richard Thorpe, foi demitido 12 dias após começo das filmagens, George Cukor durou apenas 3 dias, Victor Fleming assumiu por quatro meses e o deixou para realizar …E o vento Levou e King Vidor terminou o longa – O Mágico de Oz não à toa é dos maiores clássicos do cinema, premiado com os Oscars de Trilha Sonora e Canção Original, a célebre Over the Rainbow, quase cortada pelos produtores que a achavam “pessimista”.
O Mágico de Oz
The Wizard of Oz
1939. EUA.
Direção: Victor Fleming.
Com Judy Garland, Frank Morgan, Ray Bolger, Bert Lahr, Jack Haley, Billie Burke, Margaret Hamilton, Charley Grapewin.
102 minutos.