O cineasta francês Éric Rohmer foi um dos principais nomes da nouvelle vague. O diretor, cujo nome verdadeiro era Jean-Marie Maurice Scherer, nasceu num dia 4 de abril, em Tulle.
Lecionou literatura e foi editor da revista Cahiers du Cinéma, de 1957 a 1963. Neste período, junto com um grupo de críticos de cinema da publicação, formado por Jean-Luc Godard, François Truffaut, Jacques Rivette e Claude Chabrol, criou a nouvelle vague, movimento que rendeu ao mundo alguns dos maiores filmes de todos os tempos.
Les Petites Filles Modèles, que seria sua estreia nas telas em 1952, ficou inacabado. Debutou somente em 1959 com O Signo do Leão. Afirmou-se na década seguinte com seus Contos Morais, uma sequencia de dez filmes (realizados fora de ordem e ainda incompletos) em que repetiu o mesmo triângulo amoroso.
Sua marca foram filmes com cenários suntuosos e hedonistas, erotismo, extremamente dialogados, repletos de citações, o que pode soar chato para quem gosta de blockbusters, mas que atraiu críticos de todo o mundo. O fetichista O Joelho de Claire, por exemplo, venceu o prêmio Louis Delluc, em 1971.
Recebeu uma indicação ao Oscar de roteiro adaptado por Minha Noite com Ela (1969), que também concorreu a filme em língua estrangeira.
Em A Mulher do Aviador deu início a um novo ciclo, batizado Comédias e Provérbios, quando ganhou um Leão de Ouro no Festival de Veneza, por O Raio Verde.
Seguiu realizando filmes cada vez mais pobres, mas continuou adorado pela crítica.
Recebeu, também no Festival de Veneza, em 2001, um prêmio pelo conjunto da obra.
Seu último longa, Os Amores de Astrée e Céladon, foi lançado em 2007
Faleceu em 11 de janeiro de 2010, aos 89 anos, em Paris. Quem divulgou a informação foi a própria produtora do diretor, Margaret Menegoz.
Histórias do Cinema, por André Azenha 