Entrevista | Diretor fala sobre UM CONTO DE BATMAN: NA PSICOSE DO VENTRÍLOQUO, o filme brasileiro do homem-morcego

Por ANDRÉ AZENHA

Entre as tendências culturais dos últimos anos, uma que tem se destacado é a das fanfics: narrativas ficcionais, concebidas e divulgadas por fãs em blogs, sites, fóruns e redes sociais, que partem da apropriação de personagens e enredos provenientes de produtos midiáticos como filmes, séries, quadrinhos, videogames, etc, sem a intenção de ferir direitos autorais ou obter de lucros. Em geral, buscam construir universos paralelos aos originais e ampliar o contato dos fãs com as obras às quais admiram.

No Brasil, um jovem cineasta paulistano fã do Batman seguiu este caminho. Seu primeiro longa, Um Conto de Batman: Na Psicose do Ventríloquo, chegou à web em 2014 e vem angariando admiradores mundo afora. Custou cerca de R$ 80 mil, valor alcançado com a ajuda de familiares e do próprio bolso do diretor. Concorreu ao prêmio de melhor filme no Gen Com Film Festival 2018, braço cinematográfico da Gen Con, maior convenção de jogos de mesa e tabuleiros do mundo, realizada em Indianápolis, EUA.

Um Conto de Batman: Na Psicose do Ventríloquo foi exibido no 3º Santos Film Fest, em sessão “Maldita” às 22h30 de um sábado, no Cine Arte Posto 4, cinema público localizado num posto de salvamentos em meio ao jardim da orla da praia. A primeira exibição do filme em um festival brasileiro. Elvis delBango, o diretor de 34 anos formado em Cinema pela Universidade Anhembi Morumbi, esteve presente e conversou com o público.

A trama de 88 minutos traça um relato do modo de vida urbano no Brasil visto pelos olhos da cultura pop. É o retrato da sociedade brasileira que, incansavelmente, procura construir “heróis”, mas não compreende que esses “heróis” são apenas outras vítimas do sistema. Através de referências cinematográficas, literárias e musicais, o filme explora a poesia e os elementos comuns de uma cultura popular que se mostra o único remédio para a depressão social de um povo. O espectador encontra, por exemplo, Raul Seixas entre as músicas que pontuam a trilha sonora.

Segundo a sinopse oficial, “Batman descobre a máfia que atua na alteração de medicamentos para doentes mentais. A cidade é a principal testemunha e, ao mesmo tempo, maior responsável por criar um bando de capangas que tem algo em comum em suas vidas e são unidas pelo destino dentro de um galpão sujo e úmido. É nesse depósito que vem à tona as dificuldades dos envolvidos em enfrentarem traumas passados e os motivos sociais que destruíram seus sonhos e os fizeram ingressar na vida do crime, acuados por antigos fantasmas. No mesmo cenário, Batman luta para atingir a auto compreensão, sem perceber que, assim como os bandidos, ele também é cria de uma sociedade problemática e egoísta”.

O filme investe no clima, na ambientação, e evita cenas de ação. Uma sugestão interessante para um personagem complexo oriundo das histórias em quadrinhos e já teve as mais variadas versões em gibis, filmes live action, animações, games.

Outro longa de Elvis foi exibido no 3º SFF, O Homem da Cabeça de Laranja, com o humorista Ary Toledo no elenco. O filme é baseado livremente no conto de Ernest Hemingway Os Assassinos (The Killers), adaptado diversas vezes por Hollywood.

A seguir, Elvis fala sobre sua carreira, o processo de realização de Um Conto de Batman: Na Psicose do Ventríloquo e outros assuntos.

Poster Batman

Como surgiu a ideia de fazer um fan film do Batman?
Um ano antes de cursar a faculdade de cinema na Anhembi Morumbi, precisamente em 2003, eu fazia aula de desenho para melhorar meus esboços dos storyboards de projetos que imaginava futuramente filmar. Nesse curso os alunos trocavam muitas informações sobre histórias em quadrinhos. Foi então que eu li uma reportagem em uma revista pop da época sobre um curta-metragem do Batman feito por um profissional da indústria hollywoodiana, sem os direitos autorais do personagem e com um design e contexto bem inusitado para tudo que existia na época a respeito de filmes de super-heróis. O curta era Dead End do diretor Sandy Collora. Como eu era fascinado pelo Batman há muito tempo, aquilo ficou na minha cabeça. Cursei os três anos de faculdade até o dia que finalmente assisti ao curta pela internet. E dali surgiu a ideia de fazer o meu fan film como projeto de conclusão de curso de Cinema. Meus colegas e eu estudamos a possibilidade, mas meu projeto era muito mais complexo e poderíamos cair em uma armadilha por alguns motivos que ia desde o curto prazo de realização e mesmo a falta de experiência. No final das contas eu levei o projeto para vida. Conclui o curso com a ideia de realizar o filme. E isso eu digo que foi a minha verdadeira faculdade. Mais quatro anos de pura concepção visual e aprendizado técnico. O meu maior interesse pelos fan films foi a liberdade de pegar uma marca e dá a sua visão sobre ela. É como ser contratado de Hollywood e ali você pode desenvolver o seu projeto sem a presença de produtores. Acho que é por isso que muitos ainda se arriscam com eles. Já vi até um projeto de fans do Jornada nas Estrelas que os envolvidos criaram um estúdio semelhante ao dos anos 60 e ali recriaram com atores bem parecidos o famoso seriado. É algo brilhante.

Você é leitor de histórias em quadrinhos? Elas influenciaram até que ponto o conteúdo e a estética do filme?
Ainda sou, mas já fui muito mais. Os quadrinhos me ajudaram muito a entender enquadramentos e como contar histórias sem diálogos. Sempre gostei muito mais do silêncio do que do diálogo. Os quadrinhos influenciaram bastante a estética do filme, principalmente a primeira edição de A Piada Mortal lançada no Brasil. Não sei se era por problemas gráficos ou por estética, mas as cores eram muito chapadas, diferente das edições posteriores, que foram modificadas. Esse minimalismo nas cores eram muito interessante. Porque tinha profundidade de campo através dessa variação gráfica da qual foi uma excelente referência para mim. Se o foco principal em um personagem fosse amarelo, os personagens de fundo seriam um pouco mais escuros, tornando a luz um alaranjado. Isso repetia com o foco azul e roxo, por exemplo. Isso me fez pensar na fotografia como uma história de quadrinhos antiga, onde existia pouca variedade de cores ao longo do quadro. Houve também inspiração no figurino do Batman, com Guerra ao Crime de Alex Ross e a sua figura humana dada ao herói na HQ. Então no conteúdo houve influência até certo ponto. Não teve uma história da qual eu me inspirei totalmente. Foi um aparato, como Batman: Cidade Castigada, onde temos uma aparição rápida de Scarface. Em uma edição de Batman Anual n˚4, temos uma história (A Volta de Scarface) bem interessante do boneco e dali tirei boa parte de sua estética, mas pouco da história. A história foi surgindo ao poucos. Comecei com um roteiro para curta-metragem, história bem simples de uns 20 minutos. Mas devido às dificuldades em produzir o figurino do Batman (eu constantemente caia nas mãos de pessoas de índoles ruins que atrapalharam o progresso do projeto), eu comecei a filmar algumas cenas sem o Batman. E elas me possibilitaram enxergar que o filme poderia não ser somente sobre o Batman e sim sobre os personagens de Gotham City. Era como os moradores de Los Angeles no filme Short Cuts, de Robert Altman, da qual foi minha grande inspiração. Nisso eu tinha espaço para aprofundar os personagens do modo que eu queria. Tracei alguns pontos que gostaria de debater como cultura popular, sonhos perdidos, desigualdade social, fins justificando os meios; coisas realmente que eu testemunho todos os dias na minha realidade, no Brasil. Gostaria que quando o filme fosse para fora do país as pessoas sentissem os problemas que temos por aqui e que o filme não fosse apenas um material qualquer. Um filme representa uma época, um lugar onde foi concebido. Se um diretor não pensar no contexto social e político que seu filme representa, o filme não conseguirá dialogar com as pessoas.

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Conte um pouco do processo de realização do longa. Como e onde foram as filmagens? Como conseguiu a participação do elenco e demais membros da equipe?
Sempre mantive os pés no chão e trabalhei com o que era possível. O que estava ao meu alcance naquele momento. O que eu poderia fazer com os meus conceitos eu fiz. Roteirizei, produzi, dirigi, fotografei, editei e finalizei. Estudei sobre e dei uma cara ao filme. Ilustrei com coisas simples, luz, desenhos e até chuva conseguimos fazer. Não inventei de explodir carros ou fazer um Batmóvel. Isso não ficaria bom. Roteirizei o filme com as locações que eu tinha para baratear e ter algo concreto em mãos. O filme foi feito comigo e mais três colegas, a princípio. Eram somente nós quatro trabalhando mais de 12 horas somente nos fins de semana, para poupar o aluguel de luzes, da qual não pagava o domingo. E eram os dias que tínhamos as locações livres de pessoas e que também não trabalhávamos. Filmamos em uma grande metalúrgica em Suzano, da qual era posse de um dos membros da equipe e suas locações ao redor, além de uma locação em Arujá, onde eu resido. O elenco eu conseguia em agências e indicações de outros atores. Usava as salas da minha universidade para fazer o casting. Fingia para o segurança que ainda estudava ali, isso durante quatro anos. Os atores nem botavam muita fé no filme, principalmente muitos saíam porque pensavam que era trabalho universitário. Muitos atores consegui rápido e muitos desistiram, pois rodavam uma cena e somente depois de dois a três anos filmavam uma sequência. Tive que refilmar muita coisa e até trocar o rosto digitalmente em uma das cenas de um dos atores que faleceu, Luiz Baccelli, o primeiro Ventríloquo. Um dos Batmans desistiu depois de já ter feito a máscara da qual o molde foi tirada em cima de seu rosto. Tendo, assim, o trabalho de achar outro profissional tanto para atuar quanto para refazer a máscara já que muita discordância aconteceu durante o período.

O Batman já tem versões para as telonas desde os anos 40, nas antigas matinês cinematográficas. Alguma obra audiovisual do homem-morcego em especial serviu de referência?
Os dois Batmans de Tim Burton me serviu de inspiração. Tinha muita coisa legal naqueles dois filmes. Os personagens eram realmente cativantes, Coringa, Pinguim, Mulher Gato, além de uma trama sombria e noir. Burton faz aquilo que acho muito interessante, que é dar uma origem para os vilões como deu para o Batman. Ele mostrou como o Pinguim se torna aquela “coisa”, de um modo fantasioso mas mostra que eles também foram vítimas de Gotham. Da cobiça, do medo… O início do Batman já mostra alguém ficando órfão, a história sempre se repetindo sem nunca ter um fim. Os filmes de Nolan me serviram para aproveitar os cenários realistas que ele tinha. E o de Schumacher o colorido das locações e figurinos. Fiz um aparato da franquia do Batman.

Qual seu filme preferido do Batman?
Batman de Tim Burton. Para mim é até hoje uma obra autoral. Colocar Prince tocando em algumas cenas e o Coringa dançando mostrava mesmo que o diretor não teve medo de ousar.

As fanfics estão cada vez mais em voga. Qual sua visão sobre esse segmento? Acha que ele é desvalorizado em relação às obras “oficiais”?
Com certeza existe uma desvalorização. Porque os filmes de estúdio são infinitamente mais ricos. Talvez não tanto pela ideia, da qual o conceito hollywoodiano é de sempre agradar a todos, mas lá você tem uma linha de montagem perfeita. Roteiristas que sabem escrever diálogos, cenários e figurinos grandiosos, cenas de ação de tirar o fôlego, fotografia com melhores equipamentos, atores selecionados a dedo e por ai vai. Em fanfics o diretor é o artista. Ele tem que se revirar para evitar os erros que muitos vão apontar, comparar e reclamar. Depois que está pronto muitos botam defeito. Mas no processo, é só você ali pensando a noite em seu quarto escuro em como resolver os problemas. Você tem que acertar mais do que errar. Assim vai conseguir algo, mas a chance de errar é muito maior em cinema. As pessoas, principalmente influenciados por Hollywood, estão acostumados aos filmes de estúdio. A um padrão. Muitos procuraram em meu filme o mesmo roteiro de sempre. Mas lá não existe a saga do herói, e por isso criticaram. Disseram que era lento. Hoje todo mundo quer ser crítico de cinema, e não percebe que cinema é arte e não precisa de padrões. Não precisa de pontos de viradas.  Existe uma frase de Alejandro Gonzalez Iñarritu: “Fazer um filme é fácil. Fazer um bom filme é uma guerra. E fazer um filme muito bom, é um milagre.”

elvis

Como foi o processo que resultou na seleção do filme para o Gen Con Film Festival 2018?
Eu vi a inscrição em um site mas nem sabia a dimensão da Gen Con. E simplesmente fui selecionado. Demorou para eu saber a importância dessa feira.

O filme é de 2014, está concorre a uma importante convenção nos EUA, mas só fará sua estreia em festivais no Brasil durante o terceiro Santos Film Fest, em 1º de setembro. Por que acha que não houve uma exibição antes em festivais por aqui?
Creio que por preconceito e medo dos exibidores em apostar em algo inusitado. O preconceito de parecer que não é um filme brasileiro, principalmente por usar um símbolo tipicamente americano para isso. O cinema fantástico já é visto com preconceito diante dos críticos do mundo inteiro, por conter criaturas, pessoas fantasiadas, uso de uma linguagem mais esteticamente dramática, ao invés de dar a dramaticidade ao uso dos diálogos como em um drama comum. E o medo dos curadores receberem opressão da crítica e público por tal seleção, por uma escolha de um filme fantástico para compor a lista da programação, tudo isso é levado em conta.  Como todos os meus filmes são de gênero, o caminho sempre é mais pedregoso. Qualquer cineasta que fizesse três longas que apostassem em um trama padrão do cinema nacional já estaria sendo bem visto nos festivais nacionais. Mas foi por esse caminho que resolvi caminhar e foi para ele que preparei os meus pés.

Qual a expectativa para participar do Santos Film Fest?
Minha expectativa é até maior que para Gen Con. Porque é um dever como artista se estabilizar em sua terra natal e é sobre o Brasil que quero argumentar nos meus filmes. Quero que meus filmes sejam vistos, que consigam distribuição e, eu, investimentos para futuros projetos. Na Santos Film Fest vão ser exibidos dois longas meus, e isso é muito bom para um cineasta. É aos poucos que as pessoas vão falando bem de seus filmes. Quero dialogar com o público e saber o que eles pensam.

Você tem dois longas autorais. Fale sobre eles. Estão no circuito de festivais?
Batman está na Gen Con e mesmo fora de seu período de dois anos, o prazo que geralmente um filme fica para festivais, ele ainda vem recebendo conquistas. O Homem da Cabeça de Laranja foi meu segundo longa, de 2016. É baseado livremente no conto The Killers, de Ernest Hemingway.  É um filme  sobre o retrato político, cultural e social brasileiro através de um conceito surrealista, cômico e às vezes documental. Uma comédia trágica sobre como a violência e o preconceito afetam as vidas das pessoas, mas ninguém percebe porque se tornou algo comum. Através de cenas improvisadas, uma ousadia herdada do cineasta Eduardo Coutinho,  com o surrealismo de Fellini e a farsa dos Irmãos Marx,  possibilitei que os atores misturassem suas próprias opiniões e vidas particulares com os seus personagens possibilitando o tom documental dentro da ficção. Vimerson Cavanillas, o Tob do Balão Mágico participa do filme e fazemos uma mistura de sua vida artística com a do personagem. Ary Toledo também está no elenco.

Fale um pouco sobre sua carreira. Estudou cinema na Anhembi Morumbi, se formou e hoje tem três longas no currículo.
Eu desde a adolescência, aos 13 anos, comecei a produzir filmes caseiros com uma câmera digital de 8mm. Reunia meu irmão e meus primos e filmava coisas aleatórias. Histórias curtas. Me formei no ensino médio aos 17 anos e demorei dois anos para ingressar em uma faculdade. Já que tinha uma vida de cinéfilo muito intensa e não ligava para os estudos. Até que a Anhembi Morumbi abriu um curso de cinema, para a minha sorte, e o processo seletivo foi bem fácil. Conheci amigos e nos reunimos com gostos particulares. Realizei o meu primeiro curta profissional em 2008, um noir e, em seguida, um faroeste. Não foram muitos curtas. Sempre procurei fazer coisas diferentes. Porque tenho muita facilidade de deduzir tramas de filmes em geral. Acho que por sempre gostar de Hitchcock, aprendi um pouco de sua linguagem. Ele sempre conseguiu esconder o óbvio para que seus filmes não perdessem o suspense logo no começo. Existem muitas artimanhas que ele usou e que hoje em dia, cineastas deixam passar batido, e um espectador bem atendo, deduz toda a trama logo nos primeiro minutos. Me lembro de ter assistido um filme europeu, chamado Boa Noite, Mamãe. Na primeira cena, existem duas crianças conversando com a mãe em uma sala. Por razão de um deles utilizar um figurino vermelho, contrária de toda a arte que era azul, eu rapidamente deduzi que essa criança não existia. Isso foi pensado pelo diretor, são signos, no entanto, estragou o desfecho da história. Esse tipo de coisa um espectador atento deduz. Hitchcock não cometia esse tipo de erro. E hoje pela produção em massa de filmes, diretores cometem muitos erros e caem nos clichês óbvios que deveriam ser evitados.

Qual conselho você daria para quem deseja fazer fanfilms?
Essa popularização em fazer cinema é interessante porque pode “destravar” as pessoas. Pode incentivar novos profissionais a se arriscarem. A serem mais inventivos. Se alguém fez porque ele não pode fazer? O cinema brasileiro peca na precariedade da linguagem. O cineasta precisa filmar mais para saber o que dá certo e o que dá errado. O cinema brasileiro não ousa mais. Temos um padrão de filmes preguiçosos em nosso país. O cinema não pode ser uma arte elitizada e padronizada. Precisa também existir um cinema de gênero, e os fan films possibilitam isso. Faça você o filme de seu personagem favorito. Não ganhe dinheiro com isso, gaste dinheiro com isso mas abra as portas para aquilo que você acredita. Estudar a linguagem cinematográfica é essencial para quem quer produzir filmes. Cinema é sobre contar histórias e não sobre efeitos visuais.

E qual conselho você daria para quem quer produzir cinema autoral independente no país?
Faça curtas. Muitos curtas antes de longas. Cinema não é uma arte fácil de fazer e você vai gastar dinheiro com isso. Então faça curtas para ganhar experiência e depois parta para longas. O sucesso não é ensinado. Eu ainda não consegui alcançar o meu e nem posso dizer o que é uma coisa nova a ser produzido. Faça algo com a sua cara e não imite ninguém. Não existe um filme para agradar a todos.

Assista o filme:

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